Os números do trabalho infantil, que estavam em queda no Brasil desde 2016, voltaram a crescer entre 2019 e 2022. Esse aumento foi mais significativo em Belo Horizonte, onde o número de crianças e jovens entre 5 e 17 anos que trabalham saltou 35% – percentual cinco vezes maior do que a média nacional (7%).
O estudo aponta que na capital mineira há 11.947 pessoas de 5 a 17 anos em condição de trabalho infantil. Isso representa cerca de 3,5% dessa faixa etária – uma a cada 27 crianças.
A legislação permite o trabalho de menores de idade a partir dos 14 anos na modalidade de aprendizagem. Já o trabalho infantil é caracterizado pela informalidade e pela exploração, com as crianças trabalhando em condições exaustivas, insalubres e prejudiciais para o seu desenvolvimento.
O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Alberto Calazans, explica que a pobreza e a falta de condições financeiras das famílias acaba levando as crianças para o trabalho infantil.