Várzea Grande realiza mobilização contra exploração do trabalho infantil

A Secretaria de Assistência Social por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) realizou na Praça Sarita Baracat (antiga Aquidaban) um pit stop para alertar as pessoas quanto ao risco social causado pela exploração do trabalho infantil. A mobilização faz parte das programações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado no dia 12 de junho.

Como explica a coordenadora do Peti, Geni Correlo dos Santos, essa ação tem por objetivo chamar a atenção da população em geral sobre os prejuízos sociais do trabalho infantil, assim como apresentar alternativas legais de trabalho para os adolescentes que buscam o primeiro emprego. “E essa é a missão do PETI que atua o ano inteiro nos quatro Centros de Referência em Assistência Social (CREAS) e de forma conjunta com os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Neste mês de junho atuamos de forma mais intensificada com campanhas de conscientização nas escolas, com palestras e panfletagem em pontos estratégicos da cidade”, destacou.

Quanto ao pit stop, realizado nesta quinta-feira na Praça Sarita Baracat, a coordenadora disse que essa concentração acontece todos os anos neste ponto por ser uma avenida de grande circulação de veículos, além de ser também corredor comercial, com grande concentração de pessoas.

A secretária-adjunta da Secretaria de Assistência Social Daniela Barone disse que o objetivo da ação é informar a população sobre a importância de proteger o direito das crianças e adolescentes e orientar como proceder quando se depararem com casos de exploração de trabalho infantil. “A meta é fazer com que essas ações resultem na retirada das crianças e adolescentes do trabalho e impedir a violação de seus direitos. O trabalho na infância prejudica o desenvolvimento, atrapalha a frequência e o rendimento escolar, e submete as crianças ao risco, à exploração sexual e às diversas outras formas de violação de direitos”.

Daniela Barone disse ainda que o município de Várzea Grande tem atuado fortemente no combate à exploração do trabalho infantil e que várias ações são realizadas no intuito de fortalecer políticas públicas, principalmente, na proteção das famílias prevenindo a ruptura de vínculos familiares. “E quando isso acontece, muitas vezes crianças e adolescentes acabam sendo obrigados a ajudar a manter a casa, realizando atividades que muitas vezes exige força física, impedindo que ela esteja no lugar onde deveria estar, ou seja na escola”.

A Conselheira Tutelar, Silvia Solon participou do pit stop e destacou a importância da mobilização no sentido de chamar a atenção da população para este tipo de violação de direitos. “As pessoas confundem que trabalho infantil é cuidar da casa, lavar uma louça, arrumar a cama, mas não, isso não é trabalho infantil, mas sim uma atividade que pode ser realizada sim por essa faixa etária. Na verdade, trabalho infantil é a criança ou adolescente fazer o trabalho de um adulto, como trabalhar em uma obra, no canavial, ou em atividades que utilizam força física, e isso é contra lei”, observou.

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam mais do que adultos em atividades laborais, porque têm a menor percepção dos perigos. Além disso, de acordo com a atividade exercida, é comum a fadiga excessiva, problemas respiratórios, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade.

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil: A data foi criada por iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), em 2002. De acordo com dados da UNICEF, estima-se que aproximadamente 168 milhões de crianças sejam vítimas de trabalho infantil em todo o mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, cerca de 20 em cada 100 crianças começam a trabalhar a partir dos 15 anos.

Símbolo:  O catavento é o símbolo da campanha internacional e, está presente nas inúmeras manifestações realizadas em todo os territórios. Suas cinco pontas representam os continentes e as cores simbolizam a diversidade racial. O catavento também é usado para dar a ideia de movimento e de união das forças na luta contra a exploração da mão-de-obra infantil.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande